Privilegiados no caos
“Agora estamos sem água e com eletricidade, que sorte! Almirante Barroso intransitável. Continuamos ilhados, mas tem um mercado aberto”. Esta foi a mensagem enviada ao celular de uma amiga, na noite de domingo, 23 de novembro. Nas regiões mais privilegiadas, recursos básicos são alternados, e há mais de três dias não é possível ter água e eletricidade juntas. Choveu absolutamente todos os dias nos últimos três meses - ou mais. Essa é uma das conseqüências da intensa chuva na região do Vale do Itajaí, no Estado de Santa Catarina.
Naquela noite, meus pais deveriam ter chegado em casa. Eles moram em Campinas, São Paulo, estavam nos visitando, conhecendo Blumenau e a região. Não era exatamente isso o que esperavam de um passeio de quatro dias - que se transformou em cinco - com racionamento de água e comida e energia elétrica que vai e vem.
Água racionada gota a gota: viva a solidariedade!
“São onze horas. Onze e dez a água será liberada por quinze minutos e precisamos lavar a louça. Toma a bucha e este detergente. Lave os pratos no tanque mesmo. Quando terminar encha estes dois baldes”. Minha mãe lavava o restante da louça da janta e do café da manhã. Essa foi a recomendação que dei à minha irmã, que ‘passeava’ com o namorado e veio de Campinas com meus pais.
Convivência - sábado à segunda de manhã
Ficamos trinta horas sem colocar o nariz para fora da porta. Da janela até o fazíamos, para olhar se a água da rua já havia baixado e como estava a região, vista do sétimo andar, no bairro da Vila Nova. Éramos sete e mais ‘meia pessoa’: eu, Denis, meu marido, nossa filha de oito meses Gabriela, meus pais, minha irmã com o namorado e uma amiga de Curitiba, Najda, que resolveu nos visitar no fatídico final de semana.
Mas Gabriela sem saber assumiu uma bela e imperiosa função: a de alegrar e entreter os entediados de plantão. Gargalhadas sem motivo ou hora. Trocar fraldas virou palco de euforia contagiante. Assim as horas do final de semana passaram menos pesadas e nem tão pessimistas.
Naquela noite, meus pais deveriam ter chegado em casa. Eles moram em Campinas, São Paulo, estavam nos visitando, conhecendo Blumenau e a região. Não era exatamente isso o que esperavam de um passeio de quatro dias - que se transformou em cinco - com racionamento de água e comida e energia elétrica que vai e vem.
Água racionada gota a gota: viva a solidariedade!
“São onze horas. Onze e dez a água será liberada por quinze minutos e precisamos lavar a louça. Toma a bucha e este detergente. Lave os pratos no tanque mesmo. Quando terminar encha estes dois baldes”. Minha mãe lavava o restante da louça da janta e do café da manhã. Essa foi a recomendação que dei à minha irmã, que ‘passeava’ com o namorado e veio de Campinas com meus pais.
Convivência - sábado à segunda de manhã
Ficamos trinta horas sem colocar o nariz para fora da porta. Da janela até o fazíamos, para olhar se a água da rua já havia baixado e como estava a região, vista do sétimo andar, no bairro da Vila Nova. Éramos sete e mais ‘meia pessoa’: eu, Denis, meu marido, nossa filha de oito meses Gabriela, meus pais, minha irmã com o namorado e uma amiga de Curitiba, Najda, que resolveu nos visitar no fatídico final de semana.
Mas Gabriela sem saber assumiu uma bela e imperiosa função: a de alegrar e entreter os entediados de plantão. Gargalhadas sem motivo ou hora. Trocar fraldas virou palco de euforia contagiante. Assim as horas do final de semana passaram menos pesadas e nem tão pessimistas.
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